O novo Ashram minimalista

quinta-feira, 31 de março de 2011

Freitas como Iago


Raramente concordo com Alberto João Jardim, e por isso mesmo, nos meus momentos democráticos (que não predominam) acho indispensável a sua voz política.
Um dos momentos mais inspirados ocorreu quando, reportando-se ao neo-esquerdismo de Freitas do Amaral, se interrogou acerca do que poderia ter acontecido em Nova Iorque – querendo dizer que veio um e voltou outro (talvez lhe tenha subido à cabeça ter desempenhado por lá um papel puramente ornamental).
Infelizmente, um conhecimento mais próximo, mormente o resultante de uma leitura atenta dos depoimentos de Marcelo Caetano no exílio, permite determinar uma data muito mais recuada para o início dessa mudança de paradigma (hoje estou particularmente caridoso).
Não se espere uma contrição deste abencerragem abrilista que, de Trocado em trocado, sonhou cavalgar a onda cristã-nova e agora, serenamente, nela sobrenada, bóia:  FREITAS_25_ABRIL
Não antevejo um fim, uma suspensão, um abrandamento sequer, neste caminho atapetado que o conduzirá por sobre os espinhos do arrependimento. É por estas e por outras que o cristianismo remeteu questões de apuramento final de méritos e deméritos para um outro mundo, para uma outra dimensão.

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