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Diz o código do «beach bum» que, quando a areia se prende e infiltra entre os dedos dos pés já não conseguimos sacudi-la – e por isso não devemos sair da praia, sob pena de ser ela que não mais sai de nós. Durante muito tempo imaginei-me a consentir-me a mim mesmo alguns dias por ano de imersão nesse código (nunca passei da imaginação – mas imaginar isso já é o gozo quase todo); durante muito tempo tomei-o como modo de ganhar inércia para atravessar outro inverno (uma espécie de «tow-in surfing» à la Laird Hamilton, já que falamos de imaginação).
Este ano estive numa praia que não senti como praia, diante de um mar tão pachorrento que não o visualizei como mar – uma experiência estranha entre gente estranha que sonha com mares decalcados de piscinas.
Vou de baterias quase descarregadas em direcção ao inverno.
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