
Por mim, só se exaltava (sem condecorações, berloques, fitinhas ou caricas) o labor anónimo de centenas de professores que, por escolas «problemáticas» por esse país fora, continuam a combater o único e último combate pela preservação de um mínimo de coesão e de decência naquilo que outrora se designava por «nação» (e hoje parece merecer o qualificativo desdenhoso de «este país»).
Ainda há pouco passava mais uma reportagem na TV sobre algumas dessas escolas «problemáticas» na periferia de Lisboa. O que se viu arrepiava. Vivê-lo reclama heroísmo. Se restasse um pingo de decência colectiva, o país vergar-se-ia numa vénia solene e emudecida perante esse grupo de combatentes anónimos que só não são exaltados porque não têm sangue nem dinheiro nas mãos, mas deviam sê-lo porque têm nas mãos, antes, a última hipótese de redenção nacional, o barro ainda dúctil de alguns dos nossos jovens.
1 comentário:
Concordo absolutamente, embora saibamos todos que, infelizmente, o barro já é muito pouco dúctil hoje em dia, na escola.
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