O novo Ashram minimalista

quinta-feira, 10 de abril de 2008

A Crónica que não escrevi: Eu e os Livros, V


Entro no âmago da mansão, mas anti-climacticamente nenhum cerbero espreita. A saudar-nos uma gravura original de Géricault sobre a campanha da Rússia (não percebo a alusão), e por debaixo, aguçando o apetite, um impecável De Bello Judaico, de Flavius Josephus. O meu anfitrião mostra as provas de que pertenceu à biblioteca de Colbert, e eu estou rendido. Adiante, um saltério do Duque de Berry aparece «esforçado» com uma versão de De cluniacensi cenobio, de Pierre le Vénérable. "Fac-similes, bem entendido", observa displicentemente. "Claro", replico, irónico.

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