O novo Ashram minimalista

domingo, 17 de junho de 2007

A Pound of Joyce (*)

"Now let awhile my messmates be
My ponderous Penelope
And my Ulysses born anew
In Dublin as an Irish jew.
With them I'll sit, with them I'll drink
Nor heed what press and pressmen think
Nor leave their rockbound house of joy
For Helen or for windy Troy"
______________
James Joyce para Ezra Pound, 24 de Julho de 1917
(apud Richard Ellman, James Joyce, Oxford, OUP, 1982, p. 416)
______________
(*) Para mitigar a queda_em_desgraça...

2 comentários:

Je maintiendrai disse...

Entre o águia d'ouro e o Pedro Botelho que deixa sempre os comentários no post errado, tome lá cinco por cascar nessa velha fraude do Joyce...

Pedro Botelho disse...

[Prezado «Je»: Comentários no post errado só quando o post certo está avariado (se bem me lembro também já lhe aconteceu). Fora disso é sempre na mouche. Segue a resposta ao Jansenista avariado.]

Dispensando de resposta detalhada a parte final (e mais malcriadota) do seu comentário algumas entradas mais abaixo, sempre lhe lembro que o seu pensamento sobre a questão da Palestina tem sido afixado num sítio público com solicitação aberta de comentários. Para quê se não os deseja (*)? Adiante. Não vale a pena perdermos muito tempo com a ausência de argumentos. Passemos aos seus vestígios.

«Quem foge para o Egipto não pode regressar?»

Claro que não. Em que mundo vive? Não desce de vez em quando à terra quando a ira acalma e os impropérios vácuos se esgotam? Então nunca ouviu falar no princípio do não-retorno dos palestinianos (mesmo dos que lá nasceram e viveram até à expulsão pelo terror) que complementa o princípio do retorno dos judeus (mesmo e sobretudo -- por inacreditável que pareça -- dos que lá não nasceram, nem viveram, e nem nunca sequer lá estiveram de visita)?...

«A admissão desse facto bastaria, mas acresentemos a constatação de que, numa aflição, os palestinianos optam por fugir para o "inimigo" (ahahahahahahah, que argumento brilhante!)»

«Bastaria» para quê? Para se perceber que o seu conhecimento da questão é de tal forma superficial que nem sequer lhe tinha ocorrido uma resposta óbvia às divagações da sua própria imaginação? Mas a propósito desse seu curioso conceito de «fuga para Israel», seria muito interessante saber onde é que observou os beijinhos, abraços e comissões judaicas de boas-vindas aos palestinianos (da Fatah, do Hamas ou quaisquer outros). Não pode especificar?...

Para o ajudar a perceber o seu próprio cliché dos palestinianos poderem procurar refúgio em zonas da Palestina sob ocupação judaica em vez do estrangeiro, considere o seguinte: o conflito -- dado o carácter judeu do estado imposto a uma população não-judaica e mantido por uma constante imigração de judeus e uma cada vez maior criação de dificuldades básicas aos não-judeus autóctones -- reveste-se de características únicas no mundo e, tarde ou cedo, a questão nacional será decidida em primeiro lugar pelos factos demográficos. Por isso se percebe que, dada a história conhecida dos refugiados passados a quem se recusa o retorno, qualquer fuga de zonas de guerra a que a heróica população palestiniana é obrigada seja por ela subordinada em todas as circunstâncias, mesmo as mais abomináveis, ao não abandono da sua pátria.

Ajuda a perceber?

«Quanto a "processos de intenções", esclareço já: enviava, não para a Lapónia - território simpático - mas para os confins da Sibéria ou do Gobi, não os palestinianos, mas aqueles bandos de terroristas que os oprimem e agora os chacinam»

Não diga isso muito alto, porque o mundo ainda vai dar muitas voltas e parece que o Birobijão ainda não desapareceu de todo, apesar do novo «lar nacional» no Médio Oriente...

«e juntava a esses terroristas o trio de melgas emmerdeuses que assina com o ridículo pseudónimo Botelho.»

Reler a introdução acima depois de lavar três vezes a boca com sabão, hem, hum, macaco... ;^)
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(*) Se não os deseja, ou os deseja apagar individualmente (como é seu direito), manda a mais elementar boa educação que apague também os seus próprios comentários aos que os seus leitores têm a amabilidade de lhe enviar, e não unicamente os deles deixando ficar os seus como se não tivessem tido contrapartida.

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