Bombardeado com questões queirosianas – e eu que não sou especialista –, apercebo-me de uma veneração que já é mais genuína e sólida no Brasil do que entre nós. Uma única vantagem nos resta, a de podermos literalmente ver e respirar e calcorrear a topografia queirosiana, preenchendo com mais vivência directa o que está sugerido e aberto no texto – mas, quem sabe, matando também um pouco, com isso, aquela cor intensa que têm os lugares puramente imaginados, aqueles compósitos de experiências purificadas, desprovidas do cheiro, do peso, do ruído, da respiração, da humidade, das distracções, das memórias, das dores, das pressas, que se acastelam à nossa passagem física por lugares reais.
O novo Ashram minimalista
domingo, 27 de março de 2011
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