Desde que fui regressando ao burgo, a uma cadência hipnótica (apesar de ser a jacto, as esperas nas ligações fazem de tudo uma espécie de «limbo zen»), soube que morreram Laurent Fignon, Frank Kermode, José Torres e Alain Corneau.
Fignon lembra-me uma época de maior paixão pelo ciclismo, quando me parece que havia mais emoção e imprevisibilidade.
Frank Kermode simplificou-me muita coisa que na primeira leitura permanecera complexa, foi um inexcedível cicerone por muitas alamedas culturais.
José Torres lembra-me os meus tempos de infância, e um fascínio pela grandeza das coisas simples e eficientes que o meu subsequente cinismo foi sujeitando a erosão, e de que hoje tenho uma saudade que às vezes sinto como quase-crepuscular.
Alain Corneau foi o autor de "Tous les Matins du Monde", um filme sublime povoado por jansenistas e por música e estética jansenista – e uma das razões (não a principal) do crisma deste ashram.
O novo Ashram minimalista
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
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