Os nossos sentidos embotados de futebol e luxúria tropical tendem a fazer falsas atribuições de cores. Verde e amarelo não são atributos brasileiros, são as tonalidades da Chartreuse, a herdeira directa do Elixir da Longa Vida. Tremam os veneradores de Bénédictine, Chartreuse é para o palato requintado que surpreende aromas mentolados por detrás da clorofila da Chartreuse verde, e que se alonga na viscosidade melada por detrás do açafrão da Chartreuse amarela.
Esqueçam-se os gelos, os cocktails, a mixórdias que assassinam este travo, e ameaçam interromper aquilo que nele nos religa directamente ao século XVII e aos pecadilhos de austeros jansenistas. Há uma irmandade secreta que se acoita na sinestesia entre o verde e o amarelo – uma pura interpelação contemplativa de iniciados cartuxos.
A beber-se, em suma, nos momentos de solidão, ou como pretexto para a solidão.
Ref.as:
http://en.wikipedia.org/wiki/Chartreuse_(color)
Esqueçam-se os gelos, os cocktails, a mixórdias que assassinam este travo, e ameaçam interromper aquilo que nele nos religa directamente ao século XVII e aos pecadilhos de austeros jansenistas. Há uma irmandade secreta que se acoita na sinestesia entre o verde e o amarelo – uma pura interpelação contemplativa de iniciados cartuxos.
A beber-se, em suma, nos momentos de solidão, ou como pretexto para a solidão.
Ref.as:
http://en.wikipedia.org/wiki/Chartreuse_(color)
Sem comentários:
Enviar um comentário