Para proveito da plebe, aqui vai uma demonstração elementar, em 12 pontos, sobre a falha das contrapartidas:
I. Anda por aí um alarido por causa da falta de contrapartidas no negócio dos submarinos.
II. A Comissão Parlamentar que acompanha o tema das contrapartidas revela-nos que na maior parte dos negócios as contrapartidas acabam por não existir.
III. Ergo: porque é que se negoceia contrapartidas?
IV. Ninguém responde, faz-se um silêncio cúmplice, a querer sugerir ao povinho que se trata de um mistério.
V. Com efeito, porquê pagar 900 e exigir contrapartidas de 300, em vez de se pagar apenas 600?
VI. Mais, porquê insistir nessa forma de negociar se a falta sistemática dos 300 faz prever que se tratará de pagar o preço de 900, e não o preço justo de 600?
VII. Porquê? Será tudo imbecil? Será tudo demasiado subtil? Haverá aqui algo de oculto?
VIII. Não há mistério nenhum: as comissões, os prémios dos intermediários – daqueles que negoceiam – são calculados em percentagens do preço total.
IX. 1% de 900 é mais do que 1% de 600, e daí que surja, no negócio, o «toma lá 900 e devolves-me 300», mesmo que se saiba de antemão que os 300 não serão devolvidos.
X. Quando se verifica a ausência das contrapartidas, as comissões já foram pagas. Isso é o que interessa.
XI. Porque é que a Comissão Parlamentar que acompanha o tema das contrapartidas, sabendo disto, não o divulga e se remete ao silêncio cúmplice e mistificador?
XII. É porque nos grandes negócios que envolvem o Estado muitas dessas comissões acabam nos cofres dos partidos.
I. Anda por aí um alarido por causa da falta de contrapartidas no negócio dos submarinos.
II. A Comissão Parlamentar que acompanha o tema das contrapartidas revela-nos que na maior parte dos negócios as contrapartidas acabam por não existir.
III. Ergo: porque é que se negoceia contrapartidas?
IV. Ninguém responde, faz-se um silêncio cúmplice, a querer sugerir ao povinho que se trata de um mistério.
V. Com efeito, porquê pagar 900 e exigir contrapartidas de 300, em vez de se pagar apenas 600?
VI. Mais, porquê insistir nessa forma de negociar se a falta sistemática dos 300 faz prever que se tratará de pagar o preço de 900, e não o preço justo de 600?
VII. Porquê? Será tudo imbecil? Será tudo demasiado subtil? Haverá aqui algo de oculto?
VIII. Não há mistério nenhum: as comissões, os prémios dos intermediários – daqueles que negoceiam – são calculados em percentagens do preço total.
IX. 1% de 900 é mais do que 1% de 600, e daí que surja, no negócio, o «toma lá 900 e devolves-me 300», mesmo que se saiba de antemão que os 300 não serão devolvidos.
X. Quando se verifica a ausência das contrapartidas, as comissões já foram pagas. Isso é o que interessa.
XI. Porque é que a Comissão Parlamentar que acompanha o tema das contrapartidas, sabendo disto, não o divulga e se remete ao silêncio cúmplice e mistificador?
XII. É porque nos grandes negócios que envolvem o Estado muitas dessas comissões acabam nos cofres dos partidos.
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