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Noutras eras, noutros países, formariam legiões de inadaptados, de idealistas belicosos, uma coluna vivendo com risco, mas com congruência, as suas inflamações.
Por cá, hoje, a banca e o crédito barato deram cabo de tudo: a malta que sonha com Nambuangongo, com os Sovietes ou com o Alcazar de Toledo tem, no fim do mês, que pagar a prestação da casa, o colégio dos meninos, o carro de 16 válvulas e as férias no nordeste brasileiro. Não há idealismo que resista: sonham, sonham como burgueses enraivecidos, e atribuem à desmobilização o que lhes vai sucedendo, ou deixando de suceder, em razão da sua própria impotência.
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