O novo Ashram minimalista

domingo, 15 de março de 2009

A direita embasbacada com os novos Alves dos Reis

Num semanário qualquer chamava-se a atenção para o silêncio selectivo da «direita parlamentar» (se é que isto não é logo uma contradição nos termos) face à ladroagem lambareira e lambuzenta que tem, nos últimos anos, passado por «classe gestora» entre nós – mais um fenómeno importado, desgraçadamente.
De facto, não há nada mais estúpido e embaraçoso do que assumir-se uma espécie de silêncio cúmplice perante o roubo de colarinho branco, a menos que se subscreva algum sistema de castas que queira exonerar esse tipo de gente, enquanto se apela com veemência à repressão feroz da arraia miúda da ladroagem.
Quando eu militava na «direita» (soi-disante) havia princípios que tornavam muito claro que era preciso condenar esse tipo de roubo engravatado, e que era necessária solidariedade para com as vítimas (havia até sindicalistas nas hostes da reacção, coisa que a «direita de alpaca» nunca perceberá).
Mas isso foi há muito tempo e entretanto o subúrbio deslumbrado tomou conta de tudo e agora assiste, entre o idolátrico e o invejoso, ao novo banditismo de grande escala, ao novo bezerro d'oiro.

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