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Lembro-me bem da iluminação que foi, para mim, a primeira leitura de algumas passagens do
Tractatus Logico-Philosophicus: pela primeira vez via a uma outra luz uma empresa filosófica da maior ambição, e no entanto minimalista e assente numa espécie de pressuposto de desaprendizagem, de corte com a tradição. Por isso fiquei muito mais apegado a esse «Primeiro Wittgenstein», ainda crente numa espécie de reedificação lógica do mundo (com as suas tonalidades metafísicas e poéticas), do que ao «Segundo Wittgenstein», centrado numa visão de «jogos de linguagem» que, em tudo o que não retomava a velha linha nominalista, sempre me soou altamente suspeito de pirronismo (sobre o livro de que se mostra a capa,
LER).
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