O novo Ashram minimalista

domingo, 3 de agosto de 2008

Viena e esqueletos no armário

Num zapping ensonado, topo com uma película de uma cidadã muito «in», muito «de esquerda», escarnecendo de umas senhoras devotadas ao antigo regime. Perdoa-se a inocência da realizadora do comentário (disfarçado de documentário), em especial quando ela veladamente se assanha contra os valores do salazarismo.
É que sei muito bem que a educação da jovem não teria sido o que foi se não houvesse muita generosidade da parte daqueles de quem ela escarnece.
Ela desconhece-lo-á, decerto. Mas eu lembro-me perfeitamente de um ministro do antigo regime contar como um ascendente da dita não largava o ministério a pedir verbas (que invariavelmente lhe eram concedidas, dada a insistência e certos apadrinhamentos): verbas para prosseguir o seu estágio principesco e diletante nas margens do Danúbio.
Vamos admitir que a pobrezinha desconhece o facto, que o ascendente pudicamente lhe omitiu – em especial depois que «renasceu com Abril». Mais generosamente ainda, vamos presumir que, se ela o soubesse, por pudor se calaria.

1 comentário:

Unknown disse...

Esqueceu as filmagens que a televisão estatal dez do mesmo estagio...

Quanto às filhas, 30 e tal anos depois ainda não conseguiram ultrapassar sair do PREC e evoluir...

Arquivo do blogue