Cocos Amassados: um recado

O Rapozinho, com Z, que eu julgo ter conhecido noutro Carnaval e com outro nome, anda a dizer numas certas capelinhas que é meu amigo de longa data, assim como quem sugere que me traz no bolso do colete.
Quem não conhece uma figura destas? Rapozinho, seu levantadote! Com que então velhos amigos? Está bem, se é para confundir os terceiros - concedo que somos «velhos amigos». Afinal lembro a observação do impagável Courteline: "Les vieilles amitiés s'improvisent". De facto, o mundo anda cheio de «velhos» «amigos», não custa nada improvisá-los e menos ainda imaginá-los.
Agora não abuses, Rapozinho, que quem o alheio veste na praça o despe, sabes que nalgumas das capelinhas há quem, mesmo não sendo meu amigo, me conheça verdadeiramente e saiba avaliar o que dizes, ainda ficas desmascarado, ainda te fazem cair o Z e a mascarilha. Lavo daí as mãos.
Por mim, despromovo-te já a Confrade do Coco Contuso, e se voltas a insistir ainda te arquivo na gaveta dos amanuenses do Largo do Rilvas, lembro-me de que sabes do que estou a falar.