Leio a notícia da venda da biblioteca de Pina Martins, em bloco, ao BES. Um homem demasiado culto para o nosso meio, um grande animador das hostes intelectuais apesar disso. Lembro-me da admiração que o meu pai tinha por ele, e do gozo com que me relatava as conversas que com ele ia tendo, de permeio com as leituras. Do que fui lendo retive um traço estrangeirado, antiquarista e académico «stricto sensu» que me suscitaram reservas, mas arrebatou-me o culto pelo único europeísmo que vale a pena (desgraçadamente, o único europeísmo de que nunca se fala). É triste saber das razões pelas quais a biblioteca foi alienada, mas alegra-me a perspectiva de que ela fique íntegra (o que é raro), e entre nós (mais raro ainda).
O novo Ashram minimalista
terça-feira, 17 de junho de 2008
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2 comentários:
Para seu esclarecimento e, se quiser, sua alegria, a Biblioteca Pina Martins não foi vendida pela família para acudir a qualquer problema de saúde do Professor, mas sim por uma outra razão que inexplicavelmente o jornalista do Expresso não quis publicitar.
O BES adquiriu temporariamente o acervo (salvando-o da venda a alfarrabistas que o venderiam à peça), acervo este cujo destino final é a Academia das Ciências.
Para seu esclarecimento e, se quiser, sua alegria, a Biblioteca Pina Martins não foi vendida pela família para acudir a qualquer problema de saúde do Professor, mas sim por uma outra razão que inexplicavelmente o jornalista do Expresso não quis publicitar.
O BES adquiriu temporariamente o acervo (salvando-o da venda a alfarrabistas que o venderiam à peça), acervo este cujo destino final é a Academia das Ciências.
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