O novo Ashram minimalista

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Da ortodoncia à hortografia

O acordo ortográfico não me emociona; por mim podem até escrever «hortográfico» e fazer um «dossiê» com a folhas de couve, e mastigá-las com dentes muito alinhados e reluzentes.
Os melhores dicionários do mundo são iniciativas de editores privados em países nos quais a evolução da língua não preocupa ninguém. Os piores dicionários, e prontuários, e gramáticas, surgem das testas ebúrneas de académicos senis e glorificados que fazem um modo de vida dos «acordos» (que pronunciam «acórdos», sinal tão revelador como um dedo espetadinho ao segurar na chávena).
Um «pipe dream» para burocratas, eles são brancos, eles que se entendam, como desabafava o proverbial indígena. Estou mais preocupado se me dá a traça lá nos ternos que tenho pendurados no cabide («ternos», estou ou não compaginado com o «acordo»? De fato!).

1 comentário:

Bic Laranja disse...

O dedinho espetado ao segurar a xícara enfia-se na vista. Quase parte o óculos.
Cumpts.

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