Como na proverbial reinvenção da roda, cá na Gare de Perpignan (a intersecção de todos os caminhos de ferro do mundo – vulgo blogosfera) volta ciclicamente o tema do anonimato, desta vez retomado por alguns comentadores de peso (ex.: 1, 2 e 3), que parecem até animados pelo tema para desenharem no ar alguns uppercuts e outras figuras do shadow boxing.
A minha posição é muito simples: se gostar de poker implica obrigatoriamente gostar de strip poker, então deixo de gostar de poker, e não jogo mais.
O meu anonimato é uma regra de jogo, que aceito enquanto outra não for imposta – e presumo que «liberdade», em termos colectivos, significa fundamentalmente jogarmos apenas os jogos cujas regras aceitamos, e podermos recusar os jogos cujas regras não aceitamos.
Serei muito tosco na compreensão das coisas, mas vejo ataques a essa «liberdade» (modestíssima liberdade, eu sei, mas saborosa) sempre que vejo alguém calçar umas luvas e tentar acertar na prática do anonimato.
A minha posição é muito simples: se gostar de poker implica obrigatoriamente gostar de strip poker, então deixo de gostar de poker, e não jogo mais.
O meu anonimato é uma regra de jogo, que aceito enquanto outra não for imposta – e presumo que «liberdade», em termos colectivos, significa fundamentalmente jogarmos apenas os jogos cujas regras aceitamos, e podermos recusar os jogos cujas regras não aceitamos.
Serei muito tosco na compreensão das coisas, mas vejo ataques a essa «liberdade» (modestíssima liberdade, eu sei, mas saborosa) sempre que vejo alguém calçar umas luvas e tentar acertar na prática do anonimato.
3 comentários:
O anonimato nada tem de errado enquanto não serve de capa para agressões e maledicência. É uma forma de preservar o lado lúdico de produzir um blog com o simples objectivo de ter prazer ao fazê-lo. É também uma postura de discreta partilha de gostos e reflexões.
Gostei particularmente da imagem do strip poker, que é muito apropriada. O facto de o blog ser uma arma política para alguns, não implica que estejamos todos na mesma onda. Quando o blog é uma arma, deve ser assinado.
Nos outros casos, para quê ou por quê há-de sê-lo?
A mim basta-me saber que outro ser humano posta coisas que me interessam ou me inspiram. prescindo de conhecer os outros aspectos da sua identidade. Pois que faria eu com tais dados?
Apoiado! O direito ao anonimato é vizinho do direito ao voto secreto.
Mas o que tem de mauior gravidade ser anónimo?
Gosto muito do seu anonimato!
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