Os pensionistas tinham direito a receber uns retroactivos em Janeiro, mas o governo decidiu pagar esses retroactivos em 14 vezes, diluindo-os ao longo do ano (poupa-se uns milhões que rendem juros, os pensionistas que se lixem).
Na TV aparece um genial Secretário de Estado a explicar que a razão de não se pagar de uma vez só os retroactivos é uma apenas: era injusto que os pensionistas recebessem mais em Janeiro do que nos outros meses!
Genial!
Doravante, o governo passa a apoiar os devedores que se recusarem a pagar de uma vez só as suas dívidas: de facto, é injusto causarem de um só golpe o impacto patrimonial nos seus credores. Disse, e muito bem, S. Exª o Secretário de Estado: é injusto receber-se mais num mês do que nos outros. Eis toda uma nova ordem jurídica que se perfila no horizonte. Adeus cumprimento pontual das obrigações!
Genial!
Na TV aparece um genial Secretário de Estado a explicar que a razão de não se pagar de uma vez só os retroactivos é uma apenas: era injusto que os pensionistas recebessem mais em Janeiro do que nos outros meses!
Genial!
Doravante, o governo passa a apoiar os devedores que se recusarem a pagar de uma vez só as suas dívidas: de facto, é injusto causarem de um só golpe o impacto patrimonial nos seus credores. Disse, e muito bem, S. Exª o Secretário de Estado: é injusto receber-se mais num mês do que nos outros. Eis toda uma nova ordem jurídica que se perfila no horizonte. Adeus cumprimento pontual das obrigações!
Genial!
2 comentários:
Também vi o rapaz, assim uma espécie de treinador Couceiro da Segurança Social. A sorte é os impostos não derem pagos mensalmente, senão SAª estaria agora a ouvir das boas do Ministro das Finanças. Assim, tudo se compõe.
E CLARO QUE OS PENSIONISTAS DEVEM ESTAR GRATOS A QUEM ESPERA A MORTE DELES PARA POUPAR UNS COBRES. Entre aqueles que, ouvindo-o, o tenham percebido, deve haver um punhado cujo passamento terá sido apressado pelo choque desta justificação.
Ab.
Incrédulos, perguntamo-nos até onde pode ir o miserabilismo e a mesquinhez desta gente que nos (des)governa.
Certo é que "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão"; mas há formas mais ou menos elegantes de se transmitir o nível da miséria em que estamos afundados e, ouvindo o senhor a papaguear a tese, hesitamos entre rir ou chorar. Copiosamente.
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