Hoje passei quase o dia inteiro na Baixa, num sítio obscuro, a rasgar velhos (velhíssimos) papéis. Guardei apenas meia dúzia deles, por razões emotivas. Quando saí para a rua surpreendi-me com o Sol e de súbito evoquei momentos de tempestade, uma coisa que parece singularmente distante da Lisboa deste ano. Lembrei-me de dias de chuva intensa, quando aqueles papéis eram um bocadinho menos velhos, e eu também; de uma cacofonia de pregões, e da gente a refugiar-se da chuva nos cafés; e da noite prematura com as ruas ainda repletas, e da gente pendurada no estribo dos autocarros. Havia um bocadinho de tudo isso naqueles papéis que eu rasguei.
O novo Ashram minimalista
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