Será que a tertúlia sobrevive a 2008? Forma curiosa de conversação, muito lenta e desfasada, em que nem tudo o que é dito obtém resposta, em que nem todas as partilhas são apreciadas, em que o silêncio predomina amplamente – às vezes a fazer lembrar a velha anedota do mosteiro no qual só era possível falar uma vez por ano.
Talvez surjam outras formas de conversação e partilha, mais sofisticadas e empolgantes – e eu de bom grado migrarei para elas, reconhecendo que este modelo pode estar já a esgotar as suas virtualidades. Mas entretanto, cá se vai mantendo este diário semi-solipsista no qual se vai dando conta do mundo, da cidade, da arte e dos homens, se vão confessando preferências, se vai apreciando o próprio silêncio – tudo da forma mais arbitrariamente subjectiva que é possível conceber. Temas, por isso, não faltam.
Talvez surjam outras formas de conversação e partilha, mais sofisticadas e empolgantes – e eu de bom grado migrarei para elas, reconhecendo que este modelo pode estar já a esgotar as suas virtualidades. Mas entretanto, cá se vai mantendo este diário semi-solipsista no qual se vai dando conta do mundo, da cidade, da arte e dos homens, se vão confessando preferências, se vai apreciando o próprio silêncio – tudo da forma mais arbitrariamente subjectiva que é possível conceber. Temas, por isso, não faltam.
3 comentários:
Para alguns, tudo isto ainda agora começou.
É um inacreditável manancial de conhecimentos, são revelações e maravilhas sem fim.
Imaginar o novo ano desprovido de tanta novidade, de tanta beleza, de tudo o que este Ashram contém, é impossível.
Estou fascinada e, como as crianças, nem sei por onde começar a desembrulhar as surpresas.
Bem haja.
Entretanto deixe-se estar, que é muito agradável lê-lo.
Curiosa reflexão. O silêncio. Pode ser uma forma de comedimento ou pura e simplesmente silêncio. Em qualquer dos casos tomo isso como uma virtude, não como um defeito. A lentidão e o desfasamento completam. Para ritmos loucos já chega a vida onde não há radares.
Desta forma há sobretudo tempo para aprender. E eu tenho aprendido bastante com a tertúlia.
Um abraço!
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