O novo Ashram minimalista

domingo, 16 de dezembro de 2007

A anedota do liberalismo, parte II. Uma resposta ao Sr. Rui A. que se contenta com Uma

Avisado por amigos, vou a um blogue que não costumo ler, o Portugal_Contemporâneo, e vejo por lá um ataque em grande forma aqui ao Jansenista, que se resume na essência ao aborrecimento com o meu retrato do liberalismo luso, e avança além disso com umas alusões incongruentes e chocarreiras ao meu gosto pela Eva Mendes: só escapou o Campari, talvez por distracção.
O autor é um tal Sr. "Rui A.", que não tenho o prazer de conhecer, e por isso não sabia, nem sei, se é liberal ou não. Pelos vistos é, enfiou a carapuça, e louvo-o por isso – ao menos alguém que assume as suas convicções!
A única vez que tinha passado no blogue foi para ler umas banalíssimas afirmações anti-semitas, da parte de alguém que, se não é pseudónimo, era um bom economista e uma pessoa que admirava – e deixei instantaneamente de admirar.
Por tudo isso pode imaginar-se que estava longíssimo de pensar que houvesse liberais por essas paragens, e não era decerto do Dr. Arroja e do Sr. Rui A., cujas qualidades, muitas decerto, desconheço, que eu falava naquele post que o Sr. Rui A. comenta.
Não quis a Providência dotar-me de um sentido de humor, nem o mínimo, e eu lamento; mas dotou-me com a capacidade de apreciar, e invejar, o sentido de humor nos outros. O Sr. Rui A., é indesmentível, tem sentido de humor, e só por isso estou certo de que, se o conhecesse pessoalmente, o apreciaria muitíssimo, e quiçá poderíamos até ficar amigos.
É verdade que, na secção de «comentários», o liberal Rui A., fazendo jus ao seu fino trato anglófilo, me qualifica de «ordinário», mas eu diria que isso denota antes a sua argúcia: visto da poltrona do clube liberal, o mundo está repleto de gente ordinária como eu. Já não entendo que me qualifique de ordinário por tomar as dores do «Prof.» Espada, aquele arqui-liberal que é hoje o mais fanático apoiante de Mário Soares (ao mesmo tempo que vai acendendo também uma velinha aos eclesiásticos que lhe pagam o ordenado). Ou é humor que eu não captei, ou o Sr. Rui A. é muito novo, e julga que o Mário Soares é liberal também...
Ainda quanto aos «comentários»: Sr. Rui A., da próxima vez que for aí a esse clube onde, pelos vistos, se venera o liberalismo de Lord_Londonderry (ou será o liberalismo de Oswald_Mosley?) por favor acorrente-me primeiro os terriers, que são ferozes. Um em particular, que responde ao chamamento «Modernista», parece-me particularmente paranóico, saindo com os dentes (verdadeiros e postiços) a ferrar-me com acusações de que eu pertenço a uma camarilha que o persegue, tomando-me por um estabelecimento de ensino, associando-me a um gato, e delirando que o corri, alameda abaixo, a pontapés no rabo.
Quanto ao ponto crucial da argumentação do Sr. Rui A., a «Uma», aí devo dizer-lhe que fico desapontado com o seu liberalismo. Que o leva, caro Sr., a contentar-se com Uma? Será obediência a alguma capela liberal ou triangular que o inibe de passar de Uma? Será o convívio com ideários anti-semitas que o contentam com Uma? Basta-se com Uma? Uma... e puf?!
Não fique por Uma, arrisque várias! Em eu me apercebendo disso, vou mesmo tentar o humor que me falta, e rebaptizo-o de Rui B., Rui C., ou até mesmo – força liberais! – de Rui D.! Nós cá no Ashram, anti-liberais ferrenhos, retemos de Uma a personagem de Cécile de Volanges, e já vamos na letra E: Eva!

5 comentários:

Unknown disse...

Balburdia na aldeia...

Diogo disse...

«A única vez que tinha passado no blogue foi para ler umas banalíssimas afirmações anti-semitas»

Também fiquei escandalizado.

cabeça disse...

Entre dois amigos: quem é?! - não sei,...IGNORO! - nome estranho!.
Passei por lá e, realmente,...estranho!.

C disse...

Caro Jansenista,

Simplesmente genial, simplesmente genial! Foram mesmo respostas à antiga!

Sabe, tenho ultimamente vindo a descobrir que há aí uma estirpe de gente de vários quadrantes político-ideológicos que têm uma coisa em comum, todos têm vergonha e não dão valor ao País a que pertencem e preferem refugiar-se nos americofilismos, francofilismos, anglofilismos ou germanofilismos.

Será mesmo possível essa cegueira toda sobre a nossa própria "riqueza" ou até quando é que as pessoas deixarão de desvalorizar o que temos de bom e de óptimo?

Faz-me tanta confusão, quando todos os outros povos que pelo mundo andam repartidos e sempre que se fala de Portugal, falam com respeito, com reverência e admiração e nós por cá... Tudo isto faz-me tanta confusão, só se faço parte de um Portugal que já não existe e como disse o Je Maintiendrai, o mundo dos princípios, dos valores, da glória espiritual, etc... já morreu, já acabou.

Saudações,
VRC

cabeça disse...

waaauuuuu!!!!!!. Muito mais estranho.

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