O novo Ashram minimalista

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

VPV puxa a culatra atrás...

O Bochechas, arvorado a teólogo, resolveu opinar em matéria bíblica, e parece que muito acolitado e aplaudido. Azar, havia um «sniper» por perto:
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"Ao que dizem, presidiu o dr. Mário Soares esta semana a um curioso colóquio sobre "A mulher nas religiões". Não que o assunto em si mereça a mais remota crítica. Toda a gente tem o direito de falar do que lhe apetecer.
[...]
Para terminar o colóquio numa nota alegre, o dr. Mário Soares confessou que se Deus de facto existir lhe dirá, como Mitterrand: "Afinal existes." Gostaria de prevenir o dr. Mário Soares que, se Deus de facto existir, Mitterrand tratou provavelmente com outra Entidade.
"
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A mulher e a religião / Vasco Pulido Valente, no Público de hoje. Versão integral chez Charlotte. (Na foto, um instantâneo do debate)

Olissipografia Antiga: Igreja de Sao Sebastiao da Pedreira e futuro Alto do Parque


Olissipografia Moderna: Portas do Sol vistas do telhado de Sao Vicente de Fora


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O sangue que a terra não cobriu: as toadas do campo de Terezin / Theresienstadt

Na voz de Anne-Sofie von Otter, a evocação do genocídio, e uma vénia a Kurt Gerstein, um SS que tinha uma consciência e um mínimo de coragem. LER

A Good Year (Ridley Scott): um filme para saborear e meditar

La faute a Peter Mayle



O velho bucolismo dos patrícios romanos, sabiamente mesclado com o impulso migratório britânico em direcção ao Sol, e com as infalíveis pitadas da inefabilidade «de la chose française», com muito humor, ironia e ternura. Uma receita extraordinária de Peter Mayle.

Adeus, negacionistas pseudo-revisionistas e neo-nazis (a maior parte acumula)

Finalmente aberto ao público o International Tracing Service (ou, como os nazis acabaram enredados na sua própria mania burocrática, acumulando provas ao mesmo tempo que tentavam destruí-las): LER
Site: AQUI
Video: AQUI

Ossos do oficio

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Sonhos de uma noite em branco




Se ao menos pudesse ir dormir...

Arranca o dia em grande ritmo, com um debate com brasileiros especialmente vivos e bem informados, muito afirmativos. Depois mergulho directamente numa hora de balbúrdia «old style», que acaba infelizmente muito tarde, vou à procura de sítio para almoçar e há filas em todo o lado – desisto e como um croissant já muito fora de horas, enquanto preparo apressadamente um resumo de uma conferência sobre altos voos especulativos (ninguém me tinha avisado da conveniência do resumo). Umas colegas moçambicanas ocupam-me uma hora com perguntas complicadas sobre assuntos muito técnicos (ergo, áridos). Vou a correr para a conferência, muito participada, muito intensa, muito gratificante. Regresso a correr a casa e saio para levar uma visita a casa dela. Volto, janto às 23h e verifico que a prole está adoentada, o que me transtorna completamente os planos para esta noite e para amanhã. Concedo-me uns minutinhos na Internet, a percorrer «the usual places». Um dia atípico, amanhã outro dia atípico, e no meio disto os projectos de fundo ficam um nadinha sobressaltados. Tenho que recuperar o fôlego. (vou ouvir um bocadinho de Farmer's_Trust e rezar para que as coisas sosseguem)


terça-feira, 27 de novembro de 2007

Lisboa

Não está só a solidão
Há tristeza e compaixão
Quando o sono acalma os corpos agitados
Pela noite atirados contra colchões errados
Há o silêncio de quem não ri nem chora
Há divórcio entre o dentro e o fora
Há quem diga que nunca foi boa
A canção de Lisboa

Fora de horas

Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar

Ainda Lisboa, fora de horas

No bairro do amor a vida corre sempre igual
De café em café, de bar em bar
No bairro do amor o Sol parece maior
E há ondas de ternura em cada olhar
O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há hotéis nem hospitais
No bairro do amor cada um tem que tratar
Das suas nódoas negras sentimentais

Um misterio no Castelo - 2

Como eu previra, a vista naquele último andar é magnífica, e só apanhamos aqui um bocado da panorâmica do rio. Falta a vista para a cidade - por cima do próprio Castelo!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Recem-chegados a biblioteca Jansionista


Clapton 3

Clapton 2

Clapton 1

Metro a centimetro

Encontro um velho conhecido que está há muitos anos envolvido na concepção do Metro, e dou-lhe os parabéns quando descubro as responsabilidades que teve na linha vermelha (digo-lhe que andar lá faz-nos sentir que estamos noutra cidade). Ele replica que agora o dinheiro para as extravagâncias acabou, e que nunca voltaremos à liberdade artística que ali foi, de modo efémero, consentida. Era de prever.

Vamos deixar as viagens para pessoas sem imaginação

Um segredo de Lisboa

Enterrado, murado, disfarçado por pátios, quintais, becos, e uma geometria de arruamentos que não condiz com o seu primitivo alinhamento, o velho Quartel de Campo de Ourique, coisa que já existia no século XVII, triunfando então entre hectares de hortas. Clicar para aumentar a imagem, e meditar como Lisboa tem destas coisas estranhas...

domingo, 25 de novembro de 2007

Um misterio no Castelo


No lado poente do Castelo (invisível pois do Rossio / Praça da Figueira e de S. Pedro de Alcântara) está um prédio de muito mau gosto, um enxerto «so seventies» assim ao estilo «aldeamento de Alporchinhos», mas que se diz ter, no seu último andar (aquele acima da linha de árvores, a disputar proeminência com o Castelejo), a vista mais espectacular de toda a Lisboa. Um dia fui até à porta, na Rua do Recolhimento, mas achei-o ainda mais feio do que visto a partir de São Vicente (foto do topo) ou das Portas do Sol (foto de baixo). Linda, linda, é a vertente ajardinada que leva à Igreja do Menino Deus (aquele telhado à «chapéu vietnamita» que se vê à direita da foto de cima). Ficou-me atravessada a ideia da vista, contudo. Será que os olissipógrafos de serviço, gente sempre tão bem relacionada, não conhecem algum dos proprietários do local? Alguém que autorize uma foto panorâmica?

Um homem na cidade

Na esquina da Calçada do Conde de Penafiel com a Costa do Castelo (quantos poemas a Lisboa não deveria suscitar uma imagem destas?)

Bim Bom: uns segundos de Joao Gilberto

Lisboa que amanhece: o lado sublime


Lisboa que amanhece: o lado bizarro

In Flanders Fields

Mais uma espantosa gravura na Ilustração_Portuguesa: artilheiros ingleses no «front».
E a propósito, tudo sobre a ofensiva do Somme.

Drieu La Rochelle e o Spleen de Paris: Le Feu Follet

Ainda a proposito de um enigma de Dias que Voam


O reservatório de Campo de Ourique, junto ao primeiro campo de futebol do SLB, mais tarde Terminal da Carris e hoje CC Amoreiras.

sábado, 24 de novembro de 2007

Birth of the Cool: Jeanne Moreau, Miles Davis, Louis Malle

Ascenseur pour l'Échafaud: nunca se fez mais sofisticado em termos de «film noir».

Historico: Yves Montand arranca com Les Feuilles Mortes

Enquanto VPV deixa o Tareco Jr. de rastos...



...aqui no Ashram ficamo-nos por leituras comprovadamente mais edificantes...

De Sete Rios a Campolide




Como tudo mudou! Só ficaram os Jesuítas: os autênticos de antanho substituídos pelos «conversos» da Nova...

Historias de Fachos: Robert Brasillach

(este já vem a caminho)

Historias de Fachos: Lord Londonderry

Tudo sobre George Gershwin

Comme l'Eau Vive

Muito, muito comovedor: uma das canções que aprendi na mais remota infância, e que nunca mais tinha ouvido (senão mentalmente). Aqui na versão original de Guy Béart.

Maquina do Tempo (de regresso a infancia)

Uma outra perspectiva do Arco das Amoreiras

Out of Africa, II

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

In France They Kiss on Main Street (Joni Mitchell)

(um jovem Pat Metheny a acompanhar, e o lendário Jaco Pastorius)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Uma Cultura do Maneta

Comprado ao almoço, lido ao jantar, o mais recente livrito de Vasco Pulido Valente, Ir Prò Maneta: um relato muito conciso, lúcido e judicioso sobre a forma como o povo se sublevou aquando da Primeira Invasão Francesa, e sobre o modo como os «poderosos» navegaram pelas águas turvas da «contenção da sublevação».
Comprei-o no El Corte Inglés, juntamente com uma obra recente de Manuel Fernandez Alvarez sobre o Terceiro Duque de Alba. A obra nacional, um paperback de magras e apressadas 109 páginas, custou praticamente tanto como o hardback castelhano, uma magnífica edição com o triplo da dimensão (já para não falarmos do muito superior requinte historiográfico revelado no conteúdo): mais uma prova de que este país acanhado não tem fôlego para acompanhar o progresso cultural circundante.
Custa a aceitar.

O Jansenista errou? O predio do Junot

A sabedoria colectiva da Web chegou-me sob forma de rectificação à lenda de que me fiz eco: o prédio do Campolide Atlético Clube tem a reputação de ter servido para aboletar as forças de Junot, e daí ser designado por «prédio do Junot». Mas tratar-se-ia de mera corruptela a induzir-nos em erro, resultante do facto de o prédio ter sido mandado construir, uma quinzena de anos após as Invasões, por um francês – Pierre Genioux, que foneticamente evoluíu, na tradição oral, para «Ginot», e daí para «Junot». Mais certo é que no prédio terá funcionado o Quartel-General do Duque de Saldanha, que como já se viu vivia a curta distância dali, ao fundo da Rua de Entremuros (actual Artilharia Um), no Pátio do Geraldes (ao qual se acedia pelo Beco da Lebre, que prolongava para Nascente a Travessa da Fábrica dos Pentes – Travessa que ainda existe com esse nome).
Talvez algum dos eméritos e generosos olissipógrafos queira dar-me uma ajuda quanto ao «prédio do Junot».

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