"O Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco Comercial Português (BCP) adquiriu ao investidor e accionista do banco, Joe Berardo, mais de um por cento do capital que este tinha na Portugal Telecom (PT).
Esta operação, que terá representado um investimento superior a 150 milhões de euros, ajudou o investidor a capitalizar-se, tendo Berardo, posteriormente, reforçado a sua posição no BCP, no quadro da luta de poder que estava a decorrer. A operação foi efectuada após a assembleia geral de 28 de Maio, quando Castro Henriques, apoiante de Paulo Teixeira Pinto, tinha a tutela do fundo, e foi um dos motivos que ajudaram à ruptura entre os gestores executivos do banco. A redução da presença de Joe Berardo na PT iniciou-se em Junho, quando o investidor alienou mais de cinco milhões de acções, deixando de ter uma posição qualificada na operadora. A partir desta altura, Berardo terá continuado a vender PT e de uma só vez alienou em bolsa mais um porcento da PT ao Fundo de pensões do BCP. A operação foi autorizada pelo administrador do BCP António Castro Henriques, responsável pela gestão do Fundo de Pensões e que surgiu sempre posicionado ao lado do ex-presidente Paulo Teixeira Pinto. Nesta altura, Berardo era já um grande investidor do banco e antes já se tinha evidenciado a defender o ex-CEO, contra Jorge Jardim Gonçalves, no contexto da disputa de poder que envolveu a instituição, e que dividiu os principais órgãos societários e a equipa de gestão. Na primeira assembleia geral de 28 de Maio, Berardo revelou-se mesmo uma peça-chave para derrotar as propostas de Jardim Gonçalves, nomeadamente o aumento do patamar da blindagem dos estatutos para 17,5 por cento. Em Julho, pouco depois da venda das acções da PT, o investidor acabaria por divulgar ter reforçado os seus interesses no BCP para quase seis por cento do capital, participação que hoje é de quase sete por cento.A aquisição de mais de um por cento da PT por parte do Fundo de Pensões do BCP não foi do agrado do grupo de administradores alinhados com Jardim e foi uma das matérias que ajudaram à divisão entre gestores. O grupo apoiante do fundador do BCP considerou que Castro Henriques estava a tomar decisões de acordo com interesses de uma das facções e não seguia os objectivos do Fundo de Pensões. Castro Henriques alegou que a operação estava dentro das suas competências, que a empresa era credível e o título oferecia liquidez". Público (11/9/2007)
Esta operação, que terá representado um investimento superior a 150 milhões de euros, ajudou o investidor a capitalizar-se, tendo Berardo, posteriormente, reforçado a sua posição no BCP, no quadro da luta de poder que estava a decorrer. A operação foi efectuada após a assembleia geral de 28 de Maio, quando Castro Henriques, apoiante de Paulo Teixeira Pinto, tinha a tutela do fundo, e foi um dos motivos que ajudaram à ruptura entre os gestores executivos do banco. A redução da presença de Joe Berardo na PT iniciou-se em Junho, quando o investidor alienou mais de cinco milhões de acções, deixando de ter uma posição qualificada na operadora. A partir desta altura, Berardo terá continuado a vender PT e de uma só vez alienou em bolsa mais um porcento da PT ao Fundo de pensões do BCP. A operação foi autorizada pelo administrador do BCP António Castro Henriques, responsável pela gestão do Fundo de Pensões e que surgiu sempre posicionado ao lado do ex-presidente Paulo Teixeira Pinto. Nesta altura, Berardo era já um grande investidor do banco e antes já se tinha evidenciado a defender o ex-CEO, contra Jorge Jardim Gonçalves, no contexto da disputa de poder que envolveu a instituição, e que dividiu os principais órgãos societários e a equipa de gestão. Na primeira assembleia geral de 28 de Maio, Berardo revelou-se mesmo uma peça-chave para derrotar as propostas de Jardim Gonçalves, nomeadamente o aumento do patamar da blindagem dos estatutos para 17,5 por cento. Em Julho, pouco depois da venda das acções da PT, o investidor acabaria por divulgar ter reforçado os seus interesses no BCP para quase seis por cento do capital, participação que hoje é de quase sete por cento.A aquisição de mais de um por cento da PT por parte do Fundo de Pensões do BCP não foi do agrado do grupo de administradores alinhados com Jardim e foi uma das matérias que ajudaram à divisão entre gestores. O grupo apoiante do fundador do BCP considerou que Castro Henriques estava a tomar decisões de acordo com interesses de uma das facções e não seguia os objectivos do Fundo de Pensões. Castro Henriques alegou que a operação estava dentro das suas competências, que a empresa era credível e o título oferecia liquidez". Público (11/9/2007)
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