O novo Ashram minimalista

domingo, 18 de setembro de 2011

DSK: ele é bom rapaz, um pouco tímido até


O varrasco já começou a admitir, pianinho: diz que cometeu uma falta moral mas que não houve violência, sendo portanto que está a jogar com a semântica de "violência" (claro, o que não é violência para ele pode ser violência para a vítima, mas isso não interessa); pouco antes já finalmente tinha admitido ter tentado beijar a jornalista francesa, para acrescentar que se sente caluniado (de quê? quer-nos fazer acreditar que, se tem havido receptividade, teriam ficado pelo beijo casto?).
Voltemos à "faute morale": em que consistirá ela se não houve violação frustrada? Pedirá ele desculpa de quê? Não tendo havido violência, que será que lhe pesa na consciência? Ter ferido o pudor da vítima com exibicionismos ou solicitações? Por que não especifica? Aliás, por que não explica a tentativa de fuga?
Em tudo isto há um déjà-vu, o nosso velho Bill Clinton, a desmentir com toda a veemência ter tido relações sexuais, e depois, ameaçado com provas científicas, tentando reescrever a semântica de "sexo" (aquilo que, na sua mentezinha porca, contava e não contava como "sexo").
Ora se Clinton logrou manter-se Presidente de uma grande potência, porque não poderá Strauss-Kahn alcandorar-se à presidência de uma ex-potência fanada? Habilitações manifestamente não lhe faltam.

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