Dias curtos mas intensos em Belo Horizonte, Minas Gerais. Quase de regresso, cansado mas de baterias carregadas em matéria de optimismo, rodeado que andei com os descendentes de um povo português de fibra e de ânimo que um dia se transferiu da Europa para paragens mais luminosas, mas desafiadoras, mais livres. Sinto orgulho por esta gente que vive agora mais próspera e com maior sofisticação cultural (em vários sentidos da palavra, exceptuando apenas o saudosista) do que aquela que nos é acessível. Trabalharam, conseguiram, perseveram, e Deus os guarde por muito tempo da decadência em que caíram os que ficaram pela Europa. Aqui não se discutem valores porque não há tempo a perder; aqui não se fazem concessões morais porque sai muito caro transigir com a decência; aqui vive-se com a intensidade e a nitidez de quem tem projectos e anseia pelo futuro.
Muitos chegam aqui e ocorre-lhes pensar que isto já foi nosso. Eu cada vez mais me lembro de que nós já fomos isto.
Muitos chegam aqui e ocorre-lhes pensar que isto já foi nosso. Eu cada vez mais me lembro de que nós já fomos isto.
1 comentário:
Gostaria muito de saber de quem estais a falar, pareceu-me um povo muito interessante.
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