O novo Ashram minimalista

sábado, 14 de maio de 2011

Ando soviético mesmo!

Lamento ter que o reconhecer, mas de todos os líderes políticos que tenho ouvido nos últimos tempos só dois estão a falar verdade quanto a um ponto crucial: não temos sequer a mais remota hipótese de pagar todos os empréstimos que contraímos, sejam os últimos, sejam aqueles que os precederam e chegaram a níveis usurários. Juros de 5%, ou de 10%, para um país que, salvo um milagre, não sairá tão cedo da recessão?
Pelas contas mais elementares, temos oxigénio para dois a três anos, e logo a seguir o garrote dos juros levar-nos-á à bancarrota, com o colapso do sistema bancário que está abraçado à própria dívida do Estado. Isto não é pessimismo - é fazer contas.
O resto é do domínio do milagre, que não se pode excluir que ocorra.
Pena que a lógica eleitoral não deixe aos "elegíveis" outra hipótese que não a de mentirem, e mentirem descaradamente, acerca do beco sem saída.



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