Uns tropas andam por aí a anunciar que "partem o focinho" a Lobo Antunes – tanto quanto percebo porque ele coloca em questão o comportamento da tropa no ultramar.
Os que se portaram bem por lá viverão quando muito na recordação e no ressentimento pelo desfecho – e não andam aí a tentar, num espúrio desagravo, esfregar a honra no "focinho" de um septuagenário canceroso, cobrindo-se de ridículo e tornando-se suspeitos da (mais uma) reles cobardia. E isso porque nenhuma versão de que se passou – mais a mais assumidamente romanceada – os melindrará, até porque os mais inteligentes perceberam que o protagonismo pretérito não os converte em proprietários do correspondente registo histórico.
Dos demais, dos idiotas que passaram a pontificar na tropa desde o glorioso 25A, recordo os meus tempos de combate direitista em que, ao tom do
Oh Laurindinha, vem à janela. / Ver o teu amor, (ai ai ai) que ele vai p'ra guerra.
Entoávamos:
Ó Zé Povinho, vem à janela. / Anda ver os tropas (ai ai ai) a fugir da guerra / Anda ver os ricos oficiais / A darem a vida (ai ai ai) nos mares de Cascais
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