O novo Ashram minimalista

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um Brasil melhor

A. evoca a figura de José Mindlin (AQUI) e o seu testemunho suscita-me a seguinte reflexão: inundados que fomos, neste últimos 35 anos, de tudo o que é telenovela rasca, evangelista manhoso, futebolista rameloso, alternadeira dengosa, já para não falarmos de marketing bicheiro, ortodôncia, sunga, chinelo, cai-cai, rodízio, e toneladas da pior música do mundo (de Ivete Sangalo a Zézé di Camargo, tudo ressumando a caipira, a candango e a sudação sertaneja), esquecemos que há um Brasil que pensa (e não é o Gabriel o Pensador), que reflecte, que se cultiva, que tem mais mundo e mais modos do que as "élites" portuguesas. Basta viajar para Sul de São Paulo e os exemplos desse Brasil elegante, culto, digno, multiplicam-se.
Nem tudo é danação e candomblé, pé rapado, cangaço e morro, caipirinha com vodka, forró, brega e Porto Galinhas. Há, sempre houve, sempre haverá, um Brasil que vale a pena, até porque (em média) é muito melhor do que nós.

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