Há uns dias tinha visto Mme Graça Machel na TV, milagrosamente transformada em "empresária". Claro que a Senhora, na sua inesgotável sabedoria, afirmava estar em Portugal para promover os interesses dos mais pobres em Moçambique; e aos jornalistas, dóceis e intimidados, não ocorreu sequer questionar a afirmação.
Afinal tinha ido fechar negócios a Lisboa, usando como alavanca a visita do próprio presidente moçambicano: só que negócios sul-africanos…
Quem chega ao aeroporto de Maputo vê novos edifícios chineses, prontos para substituírem o antigo terminal. Já era tempo. Mme Machel-Mandela obteve do governo moçambicano uma posição de controle sobre toda a exploração comercial, logística, retalhista, etc., que decorrerá no novo terminal aeroportuário. Uma única exigência, asseveram-me, a de que todos os quadros intermédios e de topo sejam sul-africanos. Já houve protestos, oportunamente abafados: a Mme Machel, toda-poderosa, promove, com o emprego de sul-africanos, os interesses dos mais pobres em Moçambique.
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