Poucas coisas me sobressaltam, de poucas tenho já medo.
Mas ser interpelado por uma voz do fundo do tempo, do fundo do silêncio, isso arrepiou-me.
O passado é um território estranho, povoado de imagens fixas de mortos, até daquela crisálida morta de que nos metamorfoseámos no que somos, ainda vivos.
Às vezes penso que, como na despedida de Sodoma e Gomorra, é melhor não olharmos para trás para não nos convertermos em estátuas de sal.
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