O novo Ashram minimalista

terça-feira, 30 de março de 2010

O Anticristo regressa ao Vaticano: the shit hits the fan



Como não sou homem de partido, não defendo qualquer caso de pedofilia com a invocação de outros casos, nem com generalizações, seja na condenação, seja na absolvição. Por outras palavras, que a pedofilia seja "padrosa" ou "pedrosa", cometida em capelas ou em lojas, tanto me faz, é tudo abjecto.
Dito isto, reconheço que as deambulações do Anticristo no seu regresso ao Vaticano têm sido particularmente graves, agora com tentativas de exoneração dos responsáveis presentes através de acusações aos responsáveis anteriores: um passa-culpas que, mais do que miserável (atira para cima de mortos), equivale a uma confissão pura e simples.
Agora é já o nome de João Paulo II que é arrastado para a lama:
"O cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, disse nesta segunda-feira que o papa Bento 16 não investigou um caso grave de pedofilia na igreja austríaca, quando ainda era responsável pela Congregação da Doutrina da Fé, porque teria sido impedido pelo então papa João Paulo 2º. Schönborn afirmou que Joseph Ratzinger --que foi prefeito da Congregação da Doutrina da Fé entre 1981 e 2005-- pretendia, em 1990, investigar as denúncias de abusos sexuais cometidos pelo ex-arcebispo de Viena, Hans Hermann Groër. Mas, segundo ele, isso não foi possível porque o papa João Paulo 2º não autorizou o início das investigações. De acordo com o arcebispo, essa informação comprovaria que Bento 16 tem feito mais do que qualquer outro pontífice no combate contra abusos sexuais na Igreja" (DAQUI).
Um cataclismo moral que ultrapassa a imaginação dos próprios inimigos da Igreja, porque vem de dentro, vem das próprias palavras dos Cardeais, dos príncipes da Igreja. Temíamos a Besta: antecipou-se-lhe o Anticristo. Dan Brown deve lamentar não ter adivinhado um final destes para algum dos seus livros.

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