Não sei se por coincidência, a uma discussão com um freudiano puro e duro seguiu-se uma noite de sonhos com alguns mortos. Não sei bem o que me disseram, ou até se falaram, mas a sua presença inquietou-me, provocou uma espécie de (infundados?) remorsos – o que só posso interpretar como a recusa do meu subconsciente para recobrir esses sonhos de alguma interpretação, associando-os a um único sentimento, uniforme, intenso e descabido, ostensivamente refractário a qualquer interpretação.
Ou será que o remorso vem do facto de não ter aproveitado a ocasião dos sonhos para dizer-lhes eu próprio qualquer coisa?
(A foto: sob a Sipapu Natural Bridge, Natural Bridges National National Monument, Utah)
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