"Um pouco de deontologia, gentes! (LER)
Que se deteste um político, acho normal e até salutar; que se passe à acção, ou se incite à acção, com base nesse ódio, é coisa totalmente diferente, e moralmente reprovável em todas as circunstâncias.
Por mim, sou defensor do tiranicídio – a deposição ou eliminação dos tiranos quando se esgotaram os meios de removê-los, e a população ganha o direito de se defender pela força contra a força do tirano: o estado de necessidade, a ausência de alternativas, excepcionalmente legitimam esse meio pelas consequências de usá-lo ou deixar de o usar.
Nada disso estava em causa num país que democraticamente elege e reelege um político particularmente detestável.
Que um inimputável agrida, é moralmente neutro; que um não-inimputável aplauda o gesto é algo de moralmente abjecto. Deontologicamente, é até algo de definidor do carácter do não-inimputável."
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