O novo Ashram minimalista

sábado, 24 de outubro de 2009

A nova orquestra do Titanic

O claustro, reunido em plenário, recebeu as notícias de que lá fora há um novo Governo. Parece que tem mais Senhoras, o que nos apraz (soem ser mais sensatas, e por isso é que há tanta indignação quando uma não o é).
Uma, Alçada, merece a nossa especial simpatia, é uma Ancienne; contudo, a avançar para o terreno minado da Cinco de Outubro… Alçada + Educação = Alçapão
Outra disseram-nos que é muito bonita, e nós tentámos adivinhar se seria a Soraia Chaves ou se seria a Vanessa Martins (na foto).
Afinal é Canavilhas, pianista, e tem feições agradáveis (como, fora do circuito «Jorge Peixinho / Emanuel Nunes», não se toca piano com a cara, imagino que tais atributos não representem uma vantagem especial). Pianista parecia também já o advogado que a precedeu, com aquela farta melena cheia de caspa.
Consta ainda que há reforço de uma ambientalista e de uma sindicalista, nem sabemos bem se as duas coisas em separado, se ao mesmo tempo (uma espécie de cocktail Motolov intelectual).
Alguém, veemente, proclamava na TV que não se conhece, em relação a uma ou algumas dessas Senhoras, pensamento próprio sobre o sector de que vão tratar.
Aí ficámos quase rendidos: o país tem sofrido horrores às mãos de governantes que julgam ter ideias próprias. Não ter pensamento próprio é a única esperança que resta.
Com efeito, não cremos já na salvação do país, e desejamos somente, com toda a modéstia, umas tréguas.
Para isso só vemos uma alternativa: a) carregar o Governo de umas pin-ups que efectivamente nada sabem e nem disso se apercebem; b) entregar o Governo a mulheres tão sábias, tão sábias, que são movidas pela aguda consciência de que nada sabem.
Meios-termos soam, portanto, a paliativos: o Titanic inclina-se solenemente e agora, Senhoras e Senhores, ao piano uma carinha laroca a interpretar Domingos Bomtempo…

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