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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ted Kennedy, o supremo obscurantista

Quando a História se debruçar com mais distanciamento sobre a figura política de Edward Kennedy, não duvido que o juízo mais severo que lhe reservará há-de resultar da forma como bloqueou, num delírio de demagogia, a nomeação de Robert Bork para o Supremo Tribunal dos EUA, com tiradas como esta:
"Robert Bork's America is a land in which women would be forced into back-alley abortions, blacks would sit at segregated lunch counters, rogue police could break down citizens' doors in midnight raids, schoolchildren could not be taught about evolution, writers and artists could be censored at the whim of the Government, and the doors of the Federal courts would be shut on the fingers of millions of citizens."
Mais AQUI.
Em suma, um episódio degradante de histeria obscurantista – mas, muito mais grave, a condenação do direito norte-americano (e, através do exemplo deste, do direito de todo o mundo) a vários decénios pantanosos de ambiguidades, hesitações e dilacerações partidárias: afinal, o mesmo lodaçal axiológico no qual prosperou e pontificou (e pontifica ainda, em versão saudosista) o clã Kennedy.

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