O novo Ashram minimalista

segunda-feira, 30 de março de 2009

Twitter, o morse da morsa

A blogosfera andava cheia de imbecis que arrastavam penosamente a sua falta de talento até ao primeiro ponto e vírgula, esgotando-se, e esgotando-nos, com tropeções vocabulares e com acessos de entropia conceptual. Era demasiado embaraçoso - deprimente é o termo.
O Twitter veio-lhes facilitar a vida, visto que é o equivalente do urro monossilábico que já pressentíamos escorar a vertente vocabular da prosa rebarbativa e rala – o morse da morsa, o grunhido dos grunhos.
Desampararam a loja e agora imagino-os a povoar, garridos, o palácio das araras – felizes com a fasquia tão baixa, tão baixa, que finalmente não tropeçam mais, ninguém nota nada.
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Quando abriu o CC Colombo eu, que por proximidade geográfica frequentava o CC Amoreiras, senti imediatas e profundas melhoras: a bezugada migrou toda, à moda de Panurgo, e o ambiente nas Amoreiras voltou a ser respirável, sereno, selecto.
Bendito Twitter, bendita selecção natural.

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