Pelo que li nos semanários de fim-de-semana, a perspectiva de duração das obras no Terreiro do Paço já não me vai permitir revê-lo restituído à sua simples grandiosidade.
Talvez seja melhor assim: por detrás dos tapumes e dos estaleiros desfilarão momentos de uma Lisboa composta de azul e maresia que tinham este sítio por ponto focal.
Pensar que cheguei a trabalhar, durante uns meses, no torreão Oeste (foi pouco antes do célebre Tollan).
Pensar que foi aqui que iniciei, já dorido e ofegante mas feliz, os últimos oito quilómetros da Maratona.
Um sítio cheio de ressonâncias individuais e colectivas. Desta vez, como as obras são (em parte ao menos) para salvar e não para escavacar, despeço-me sem amargura.
Sem comentários:
Enviar um comentário