Azar o dos açorianos: fossem eles de raça negra e tínhamos-lhes reconhecido a independência em 1975. Os seus representantes teriam as mãos livres para roubarem e oprimirem os autóctones, e seriam mesmo assim recebidos euforicamente por cá, e dar-lhes-íamos sociedade nos nossos melhores bancos. Haveria por cá uma embaixada e um consulado dos Açores, e preencheríamos felizes os papéis para obtermos visto de entrada em cada uma das ilhas. Assim, à falta disso, os ilhéus são obrigados a andar amarrados a uma metrópole que julga poder dar-lhes ordens só porque os alimenta e os autorizou a atapetarem o território com vacas.
Eu, que sou um dos poucos não-racistas que restam aqui neste recanto da península, solenemente afirmo que devemos reconhecer os ímpetos independentistas daquela gente de raça branca que não tem culpa nenhuma disso, e emendar por esta via uma injustiça perpetrada, por puro racismo, há 33 anos. Não os discriminemos em relação às demais ilhas atlânticas a quem reconhecemos a independência – os açorianos não são menos do que os outros, temos que lhes dar, também a eles, uma chance de serem oprimidos.
Eu, que sou um dos poucos não-racistas que restam aqui neste recanto da península, solenemente afirmo que devemos reconhecer os ímpetos independentistas daquela gente de raça branca que não tem culpa nenhuma disso, e emendar por esta via uma injustiça perpetrada, por puro racismo, há 33 anos. Não os discriminemos em relação às demais ilhas atlânticas a quem reconhecemos a independência – os açorianos não são menos do que os outros, temos que lhes dar, também a eles, uma chance de serem oprimidos.
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