O novo Ashram minimalista

sábado, 15 de novembro de 2008

A pior iniquidade de um Governo-refém

Há pouco ouvia os protestos pela inacção política em torno da questão da unidose – uma omissão que vitima gravemente os idosos mais pobres, os mais presos na "inelasticidade" que os sujeita aos efeitos da sobre-prescrição. Lembro-me de ter discutido o tema com o saudoso Sousa Franco poucos dias antes de ele morrer, e de ele me ter confessado que a falha nesse combate era um dos principais motivos de frustração associados à sua passagem pelas Finanças. Passou já tanto tempo, fizeram-se tantas promessas, e nada: o Governo continua a ser escandalosamente cúmplice da indústria farmacêutica nesta sórdida exploração dos mais vulneráveis. Choca o desperdício de recursos, choca a desumanidade desse calvário, choca a ingratidão e falta de solidariedade para com os idosos, choca a injustiça extrema que consiste em nada se fazer para minimizar tais "perdas máximas". Interpelado com a crueldade de tudo isto, um imbecil que integra o Governo ria descaradamente.

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