Altos dirigentes confessam o embaraço com a subida do volume de produção na hidroeléctrica: enquanto aquilo andava a meio vapor poupavam-se vidas, mas agora é inevitável que a cada descarga haja um punhado de mortos. Porquê?, interrogo. Porque já tinham advertido os portugueses que era preciso deslocar algumas populações ribeirinhas a jusante, mas nada se fez e elas agora recusam-se a sair. Não querem, insiste um mais exaltado: alguém é atacado por um crocodilo quando está a tomar banho no rio, no dia seguinte estão lá dúzias de pessoas a tomar banho no mesmo local. Não querem!, insiste.
Nada como esta comunhão de pontos de vista, esta união, entre os dirigentes e o povo.
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