Talvez estejamos a assistir, em Portugal, ao início do mais vasto e consequente movimento de desobediência cívica dos últimos tempos. Os mandarins socialistas refugiam-se em alegações de legalidade, como é costume: mas eu lembro-me bem ainda dos apelos / ameaças proferidos por Jaruzelski contra os operários polacos, numa retórica cheia de referências a "legalidade" – ao mesmo tempo que, muito "ilegalmente", o Papa polaco exortava os mesmos operários a não terem medo.
O momento está repleto de possibilidades, mais do que de perigos: oxalá a desobediência dos professores tenha êxito – agora que se prestaram a dar-nos mais uma lição de coragem e de integridade. O país "do respeitinho" e do "deixa andar" e da cobardia disfarçada de cinismo ficará a dever-lhes mais este favor. Ponto é que não haja medo: é sempre disso que dependem os grandes momentos. Acendeu-se, trémula embora, uma luz de esperança.
O momento está repleto de possibilidades, mais do que de perigos: oxalá a desobediência dos professores tenha êxito – agora que se prestaram a dar-nos mais uma lição de coragem e de integridade. O país "do respeitinho" e do "deixa andar" e da cobardia disfarçada de cinismo ficará a dever-lhes mais este favor. Ponto é que não haja medo: é sempre disso que dependem os grandes momentos. Acendeu-se, trémula embora, uma luz de esperança.
1 comentário:
O País do 'respeitinho' bandeou-se para o outro extremo.
O 'respeitinho' enquanto condicionante cívica será, efectivamente, criticável. Mas o 'respeito' é um valor quase desaparecido. Ignorado. Escarnecido.
E isso, não.
Nem ditadura nem anarquia.
Nem silêncio, nem gritaria.
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