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Por ali se vê também a intoxicação propagandística com que se arvorou um bando de facínoras à condição de heróis populares: muito sorridentes, alguns com aspecto e modos humildes, todos profundamente sanguinários.
Lembro-me de um relato que ouvi em casa de um oficial da Armada, em tempos idos. O avô dele estivera no primeiro quartel do século XX em Timor e, sabendo dos relatos da guerra civil cinquenta anos depois, comentava: "Decapitam-se uns aos outros como quem abre um côco. Nunca vão deixar de ser assim". Lembrei-me depois dessas palavras lendo, em Jared Diamond, um relato terrível do primeiro povoamento das ilhas do Pacífico (talvez os primeiros genocídios de que há vestígios). Recordo-as novamente a propósito desta extraordinária reportagem.
2 comentários:
e lembra as memórias que os portugueses deixaram pelo mundo aonde aportaram por ex: Afonso de Albuquerque?...
Touché!
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