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Ontem vi uma velha raposa enredar-se na armadilha. Pela primeira vez senti pena da raposa, a gente habitua-se e começa a apreciar o lado colorido que há na matreirice. Eu já me ria de tudo, já dava desconto a tudo, e o meu coração anarquista deliciava-se com as explosões de inteligência da raposa – explosões para lá do bem e do mal. Vou sentir saudades; ao redil regressa a modorra de outros tempos; os sobressaltos não tardarão a voltar – mas sem a graça da velha raposa.
1 comentário:
Criptográfico, como muitos outros textos.
Estimula a imaginação, que leva longe e, obviamente, a paragens, cenários e personagens equívocos. Desajustados. Uma vez por outra, fugazmente pessoais.
Jogo formidável.
Exemplar.
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