Eram os filhos da primeira geração da Infante Santo, e foram, durante um período de tempo muito restrito, o grupo mais concentrado de «beautiful people» em Lisboa. Agora dispersaram todos, a terceira geração no local é uma misturada sensaborona, e o mitico Napoleão cedeu às pressões da 24 de Julho e às exigências de silêncio do Hospital CUF.
Hoje vou jantar com um dos mais consumados «ladies' men» dessa geração. Como seria de calcular, está sózinho, ainda que continue espectacularmente bem sucedido no «hit and run» da predação das divorciadas (volta e meia lá me vai apresentando umas quarentonas sofisticadíssimas, de sorrisos rasgados mas tristeza no olhar).
Transporto-me no tempo para umas «garage parties» cheias de cabecinhas loiras balançando aos acordes de «Me and Julio Down by the Schoolyard». Isso é que eram tempos!, havemos de exclamar logo em uníssono, e eu com receio de que ele surpreenda nos meus olhos a velada censura que lhe dirijo, a de ter desperdiçado o seu talento numa vida com pouco rumo. Ao menos, honra lhe seja, nunca embarcou naquela fumarada estupefaciente que acabou com a época de ouro da Infante Santo – no altar do seu hedonismo pontificou sempre a necessária lucidez.
1 comentário:
Onde andará o bom humor?
olhos tristes tem quem não vive o dia de hoje com a luz do sol e alegra-se ate mesmo a sós, porque a alegria digo satisfação está no ato de viver e ser livre e olhar o mar e mesmo as pessoas, e viajar... quanto ao resto, são pessoas e existe de tudo.
Prefiro o Eric !
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