Concordo com o Confrade Combustões que o enésimo pedido de desculpas pela barbárie nazi é um excesso simbólico – que fragiliza a legitimidade do estado de Israel, que toda ela pode fundar-se numa ordem inteiramente diversa de considerações. Só não concordo com um argumento que utiliza a rematar as suas observações: há um dever de memória, pois sem ele toda a historiografia seria um exercício ocioso e lúdico, um «tricot» para arquivistas. Lembro ao Confrade a emoção com que o vi evocar o centenário do Regicídio. Não é tempo de acabar com a memória do Holocausto: nem quando passar o centenário. Colectivamente, nenhum de nós tem qualquer outra identidade do que aquela que lhe é fornecida pela História. Devemos evitar distorções, decerto, mas não podemos ignorar aqueles que são, com ou sem distorção, os pontos mais proeminentes e marcantes do passado.
O novo Ashram minimalista
segunda-feira, 24 de março de 2008
Terra, não cubras o meu sangue! (Job)
Concordo com o Confrade Combustões que o enésimo pedido de desculpas pela barbárie nazi é um excesso simbólico – que fragiliza a legitimidade do estado de Israel, que toda ela pode fundar-se numa ordem inteiramente diversa de considerações. Só não concordo com um argumento que utiliza a rematar as suas observações: há um dever de memória, pois sem ele toda a historiografia seria um exercício ocioso e lúdico, um «tricot» para arquivistas. Lembro ao Confrade a emoção com que o vi evocar o centenário do Regicídio. Não é tempo de acabar com a memória do Holocausto: nem quando passar o centenário. Colectivamente, nenhum de nós tem qualquer outra identidade do que aquela que lhe é fornecida pela História. Devemos evitar distorções, decerto, mas não podemos ignorar aqueles que são, com ou sem distorção, os pontos mais proeminentes e marcantes do passado.
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