O novo Ashram minimalista

segunda-feira, 24 de março de 2008

Insignificâncias e monomanias

O estimado Exactor lançou-me um repto sobre seis insignificâncias.
Um repto difícil, porque só me lembro de coisas que significam algo, e insignificância deve ser precisamente aquilo de que não me lembro. Tentemos mesmo assim:
1. Quando gosto mesmo de uma palavra, tenho tendência a repeti-la incessantemente, e tenho que fazer um esforço para eliminá-la. O mesmo para o trautear mental de algumas musiquinhas.
2. Quando pressinto que uma carta me vai incomodar, deixo-a vários dias por abrir.
3. Ligo o ar condicionado no carro até no pino do Inverno (ia dizer outra vez «mesmo»).
4. Quando uma frase não sai, ensaio variantes em voz alta.
5. Às vezes não consigo designar o «ouro» por «ôro», à alfacinha, e sai-me ãúro (alguma costela flaviense).
6. Não consigo confessar as minhas superstições – salvo esta de achar perigosa uma tal confissão.

1 comentário:

margarida disse...

"Costela flaviense" - eu tenho! Ah a irmandade das coisinhas singelas...
Bem vindo.
(ler muitas vezes)

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