O novo Ashram minimalista

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Timor? Não há inocentes

Timor nunca me comoveu, talvez porque não tenho sido bafejado com memória curta (seria uma benesse inestimável, reconheço), e continuo a lembrar-me bem de mais de feitos horríveis cometidos pelos proclamados «heróis da libertação» que mandam lá na ilha.
Alvejaram agora gente que tinha e tem as mãos sujas da guerra civil.
O relato que por aí corre das circunstâncias dos eventos e da forma como o major Reinado foi abatido «preventivamente» está cheio de incongruências e inverosimilhanças – simplesmente não convence, lembra as velhas «inventonas».
Por cá, como de costume, as Pasionarias de algibeira, e o séquito, não precisam de verosimilhanças ou de congruências, e avançaram resolutamente para as mais delirantes conclusões, sempre de turíbulo para os mandarins locais e de faca afiada para todos os restantes.
Um nojo cá e lá: estão bem uns para os outros.

2 comentários:

C disse...

Maggiolo Gouveia e os muitos outros mártires fuzilados pelos sanguinários, continuarão a rezar por Nossa Senhora e por Timor!

p.s- e ainda o saudoso e meu amigo Padre Chico Fernandes, falecido em 2005, hoje meu Anjo da Guarda.

cristina ribeiro disse...

No meio de tanta desinformação, a única coisa que me comove é aquele povo timorense que, lá como cá, terá sido joguete dessa meia dúzia de indivíduos de "mãos sujas da guerra civil", que cometeram actos inomináveis, mas agora são santificados. Também aqui é importante que a verdade seja escarrapachada, para ver se se acaba com mitos, mas também aqui não acredito que, pelo menos para já, se faça justiça histórica.

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