O novo Ashram minimalista

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O meu louvor à ASAE

Há uns dois ou três anos um grupinho muito simpático, muito afectuoso, de brasileiros apareceu por Lisboa, e eu que conhecia alguns deles resolvi servir de cicerone.
Logo à saída do Hotel um, para sublinhar uma exclamação em que louvava a beleza de Lisboa, cuspiu para o chão. Durante a tarde, ele e vários outros continuaram a cuspir para o chão, ou a escarrar, neste caso com elaborados ruídos guturais.
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A primeira vez que fui ao actual Lubango achei muito curioso ver os carros a passarem largando grandes revoadas de fumo cinzento-escuro, deixando no ar um bafo a carvão e óleo e borracha queimada, causando uma leve acidez nos olhos.
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Ambos os episódios, para lá de causarem a minha estupefacção e a minha repugnância, me recordaram da Lisboa da minha meninice, e me fizeram meditar no quanto progredimos em poucos decénios.
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Não posso deixar de pensar nisto quando oiço e leio grandes tiradas contra a nossa primeira campanha a sério pela promoção da higiene no circuito alimentar. Há saudosismos, folklorismos, tradicionalismos que, convenhamos, remetem para práticas literalmente repugnantes.

1 comentário:

António P. disse...

Na mouche.
São os mesmos que na altura achavam mal que se cuspisse para o chão que agora acham bem.
E eu sou fumador.
Cumprimentos

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