O novo Ashram minimalista

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A Cultura em Portugal

Desde que os nossos caminhos se cruzaram há muito, muito tempo, ele sempre representou para mim o pior da esquerda caviar: muita conversa «radical chic» a sublinhar a pose peneirenta, as tiradas acacianas com pretensões a verve polida, os trejeitos pseudo-palacianos, os fatos de bombazine e a melena sugerindo um toque de rebeldia, tudo no meio da mais desenfreada arrogância, da mais incongruente vassalagem ao vil metal. Nunca, felizmente, lhe frequentei a casa: mas vários que o faziam testemunharam que a inflamada retórica spartakista só era interrompida por desagradabilíssimos impropérios e prepotências dirigidos à criadagem.
Bem escolhido.

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo!

E obrigado...

Je maintiendrai disse...

Bom retrato. Também me recordo do especimen. Permita-me que lhe acrescente o pormenor de então se especializar em ser caudatário ou porta-luvas do famoso jushistoriador, Director-Geral do Ensino Superior gonçalvista com passagem pela Comissão dos Descobrimentos, e, quizàs, não me admirava nada, mentor da actual escolha... Estamos de parabéns!

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