Lembrei-me da velha Travessa, nas Inglesinhas, uma salinha muito simpática onde ia jantar com grande frequência com alguns espíritos poderosos da minha geração (alguns deles são hoje nomes sonantes). Mudou-se para um Convento (das Bernardas), ficou pomposa (sejamos justos, mais pomposa, já era um bocadinho), perdeu a alma. Imagino que aos fins de semana ainda se comem por lá umas pratadas de moules marinières com «frites», talvez o único sítio em Portugal onde o ritual existe – mas não sinto qualquer motivação para regressar, há um «espírito do local» que se perdeu, francamente perdi a paciência para a deslocação, e há coisas mais castiças e acolhedoras na Madragoa.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
A Travessa
Lembrei-me da velha Travessa, nas Inglesinhas, uma salinha muito simpática onde ia jantar com grande frequência com alguns espíritos poderosos da minha geração (alguns deles são hoje nomes sonantes). Mudou-se para um Convento (das Bernardas), ficou pomposa (sejamos justos, mais pomposa, já era um bocadinho), perdeu a alma. Imagino que aos fins de semana ainda se comem por lá umas pratadas de moules marinières com «frites», talvez o único sítio em Portugal onde o ritual existe – mas não sinto qualquer motivação para regressar, há um «espírito do local» que se perdeu, francamente perdi a paciência para a deslocação, e há coisas mais castiças e acolhedoras na Madragoa.
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2 comentários:
«ainda se comem por lá umas pratadas de moules marinières com frites»
As pratadas ainda se comem, mas sem o meu amigo lá, falta-lhe um je ne sais quoi. Vraiment!
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